terça-feira, 18 de agosto de 2009

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Me cobre o peito o mar
as pedras e os muros que nascem dos conflitos
acalma-me o frio
a queimadura e a brancura que moram no gélido
no vento...
liberta-me a música
que nua joga-se bêbada em meus braços
e são tantos copos que ela ingeri a meu favor...
Na pintura abstrata que queima a tela
eu me vejo
em chamas
em coro
só...
O atropelar de línguas falantes levam-me a fúria
são tantas fúrias a suportar...
tantos perfumes a enlouquecer
tantas mulheres para se perder
me desnuda o inconsciente, o alto
o céu cheio de estrelas quase inatingíveis
lugares que eu não queria estar
porém transborda-me esses olhos
esse brilho
essa harmonia entre a solidão e o amor
eu amo estar só
amo estar entre centenas
e fazer sexo com a arte
e gozar com minhas poesias.
Me cobre o peito o mar...

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