segunda-feira, 31 de agosto de 2009

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Eu não quero nada além disso.
Esses finais de semana com cheiro de verão...
E todo esse sentimento
E essas conversas
E o riso e a cumplicidade
E toda essa música inebriando a alma.
Eu não quero nada além de tapetes e sofás e chãos de cozinha.
E mãos entrelaçadas
E esses olhos azuis que rasgam sutilmente o dia.
Hora rindo, hora chorando.
São fotos
Pratos
Cinzeiros
Cigarros
Panelas
Vestidos
Eu não quero nada além
De você no meio das minhas pernas
E essa voz grave, serena pausada me contando da vida.
Eu não quero mais nada.
Pega o copo
Acende o cigarro
Senta aqui do meu lado
E faz isso tudo ficar infinito
Continua dando risada das minhas bobagens
E quando o domingo acabar
Dorme tranqüila escorada nos meus braços.
Porque eu não quero nada além disso.
Porque além disso eu não quero mais nada.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Não digiro muito bem separações
Elas me parecem monstros famintos
prestes a me devorar
fazem anos que não consigo mais
Engolir falsidades
Escrever poesias
Andar na linha
Tenho me achado tão sem graça
Que me olho no espelho e
sinto sono.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

As vezes o presente se torna tão parecido com o passado que assusta.

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Me cobre o peito o mar
as pedras e os muros que nascem dos conflitos
acalma-me o frio
a queimadura e a brancura que moram no gélido
no vento...
liberta-me a música
que nua joga-se bêbada em meus braços
e são tantos copos que ela ingeri a meu favor...
Na pintura abstrata que queima a tela
eu me vejo
em chamas
em coro
só...
O atropelar de línguas falantes levam-me a fúria
são tantas fúrias a suportar...
tantos perfumes a enlouquecer
tantas mulheres para se perder
me desnuda o inconsciente, o alto
o céu cheio de estrelas quase inatingíveis
lugares que eu não queria estar
porém transborda-me esses olhos
esse brilho
essa harmonia entre a solidão e o amor
eu amo estar só
amo estar entre centenas
e fazer sexo com a arte
e gozar com minhas poesias.
Me cobre o peito o mar...

.

Eu to indo assim devagar, meio sem pressa de chegar.
Tenho dormido em uma cama que não é a minha.bom.
As vezes choro e os dias estão correndo manso.
Enfim aqueles sentimentos ainda me pertencem não escaparam de mim.
Tenho escutado muito mais do que falado.interessante.melhor assim.
Tenho andado em diferentes ruas e nesses últimos três dias escutado tantas histórias.
Enfim a vida não é fácil pra ninguém.
Tudo muito complexo mas não menos interessante...eu gosto assim.
As coisas estão voltado calmamente a rotina e essas férias foram no mínimo diferentes.
Lentamente cada um no seu lugar.
Eu tenho amado o sorriso dos meus amigos como nunca.
E ainda tem esses finais de semana malucos com a galera tomando trago
Contando dinheiro
Amanhecendo
Rindo
Sorrindo
Ouvindo música.
simples mas com uma beleza límpida e típica.
Somos nós novamente.
E afinal nunca deixamos de ser.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

lista de compras

Pilhas palito
um drama bem corrosivo
uma barra de chocolate meio amargo
super interessante do mês passado
caneta preta
sanduiche natural
capuccino
peito de frango
molho shoyu
um maço de cigarros

teu sorriso deslumbrante
um beijo bem molhado
aquele olhar indefinido

dá pra te escrever poesias
adoçar tua boca
te falar ao pé do ouvido
passar uma noite boa
fazer uma comida gostosa
ser um pouco safada
e quando amanhecer te mandar embora
assim como se não fosse nada...

ai eu acendo um cigarro
dou um sorriso
tomo o café
faço uma cara blasé
mas no fundo mesmo eu sou é descarada.

Sete horas

Sete horas da manhã.eu despenco quase dois metros tentando pegar as caixas com meus poemas.não consigo.
braço roxo.dedo torto.cabeça latejando.raiva.
Parece que tudo está fora de alcance.
falta espaço,falta organização.falta meus rabiscos na parede.falta aquela bandeira.
falta minhas estantes preenchidas com coisas só minhas.falta meu computador velho que ninguém mexia além de mim.
welcome to the hell.Gimmy? não! casa da vovó mesmo.
Sete horas da manhã, musicas no mp3, abrigo, tênis, hora de sair pra correr.chuva.
Sim chuva.corrida adiada outra vez.
Sete horas da manhã.me deito novamente.
opções: nenhuma.A sete palmos, O céu de toscana,skins, ou o velho Grey's Anatomy mesmo.
United States of Tara? ótimo! mas depois de 12 episódios só em 2010. que seja.
Mais uma xícara de café...pra que? com esse tempo, com essas férias prolongadas nada mais me resta que um caso de amor tórrido com meu colchão.
Mas eu preciso comprar DVD'S, canetas,papel,isopor,papel feltro.
preciso desenhar, escrever, fazer meu mural.preciso gritar (já que não dá pra correr)
A cada minuto meu corpo dói mais, o tombo não foi pequeno...quase 7:30 e nada de sol e nada de claridade e toda essa chuva esse bucolismo londrino.
Hum...quem sabe um livro? casais inteligentes enriquecem juntos, parece uma boa...embora eu tenha a sensação que deveria ter lido esse livro a um ano atrás.não melhor não.tenho quase certeza que me remeterá a recordações lamentáveis e sentimentos de culpa.
Ok, quero algo produtivo, Stephenie Meyer já foi devorado,degustado,digerido e expelido,chega de vampiros.
Quase oito, dormir ou não dormir? acho que preciso de um cataflan.
Ok. escolhida de hoje: Virginia Woolf.fiquemos com o Amor verdadeiro, as paixões passam(pena que as pessoas nem sempre percebem que o Amor verdadeiro estava ali...).

Putz,ainda não coloquei a lâmpada no abajur...


"Vou pra não voltar: falar mal de você na mesa mais esquecida daquele canto mais escuro e cheio de moscas, no bar mais vagabundo do mais brega dos subúrbios de Asunción, Paraguai. "
(Caio.F)

offline

Estou no escuro
São quase uma hora da manhã
E a única coisa que ilumina meu quarto
É a vela do aniversário de 36 anos do meu irmão
O silêncio invade a casa, a cidade
E eu me sinto há séculos atrás no tempo

Acabou a luz
E com ela todos os monstros que se alimentam de energia também se foram.
Estou off
Do msn
Da Net
Do orkut
Da luz da geladeira
Da internet
De mim
Estou off
Estranha sensação.
Não há monstros para me manter acordada
Estou indo dormir em paz.

domingo, 9 de agosto de 2009

"São dois pra lá, dois pra cá..."

Essa menina tem resbalado nas lacunas do meu vício
Foi a última vez, murmura meu ego minha paciência
Enquanto minha doçura esbraveja no ar seco
É noite e tudo acontece
Inclusive o que inexiste
O que pertuba...
Ela parece desligada mas não é
Eu vejo nos olhos dela todo aquele vendaval que a comete por dentro
E ao longe vejo grandes e belas paisagens
Ela talvez preferisse estar aqui
Mas vejo ela com uma taça da vinho remoer seus sentimentos
Sua dor
E ela anda se encontrando com qualquer rebeldia
É o remédio é a saída
O centro de toda fuga
Nossa cerveja
Nosso vinho
Nosso whisky
As piadas irônicas que só a gente entende
Nossas noites regadas a rock and roll.
Não há oque ser explicado
É simplesmente tudo tão natural e tão bom...
É uma faca que não machuca mais...
É um rabisco entre a solidão e a alegria.

“Minha cabeça rodando, rodava mais que os casais
E o teu perfume gardênia, e não me pergunte mais...”

...

Quebrei o arrependimento
Julguei mais de duas vidas
Minha mão é branca
Sabemos o quando
A água corre
E no céu azul cavamos tantos buracos
Podemos ser tudo
Mas somos tão hipócritas
E quanto mais o tempo passa
Nos tornamos tão cruéis
Tão serenos com nossos próprios pulsos
Acaba então a festa
E a amizade vira mágoa
E a mágoa vira sangue
Ouvimos tocar o sino
E agora ela não toca mais
Só repete o eco surdo de tantos erros
Não somos nem mais espertos
Por isso não sobra o suor
Nem a alegria
Só as algemas
E o engano
O que nos resta?
Perdemos até o nada
Nem o nada nos resta...

.

Chuva incessante caindo lá fora
E meu corpo inerte no colchão
A única coisa que ainda tem vida em mim
São meus ouvidos
Ouço tudo
Até oque não quero
Três dias e três noites
Sem ver o sol
Sem ver ninguém
Sem vontade
Sem desejos
Sem querer,nem precisar ir além.
Quase sinto tudo que cresce lá fora
Tudo tão vivo
Tão vivo
Se não fosse aquele telefonema
Eu estaria tão bem.

ice

Eu tenho engolido esses dias
Com uma sede voraz
E não há litro de alguma coisa qye consiga embriagar-me
Estou sóbria
Sóbria como jamais estive
E tenho sentido cada passo nesse chão
Ah.quem dera embriagar-me
Não saber das coisas
Apertar a mão da morte com meu ar de deboche
Acreditar...
Mas eu tenho engolido meus dias
Sem sentir sabor
Sem ter apreço
Apenas um copo...e no fundo.gelo.

..

Aquela foto
Em que as caras eram limpas e os sorrisos claros
Está envelhecendo no mural
E o perfume está amargo
E os corpos não estão quentes
Mas por alguma razão eu ouço
O crepitar aconchegante do fogo
E aquele gosto doce do vinho surge em minha boca
Talvez enfim não seja tão sério
Talvez enfim nada esteja perdido
Talvez estejamos apenas começando...

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Metrópole

Eu devia estar acordando e estou indo dormir.phoda-se.
Eu estou de férias e nem quero mais estar de férias
Debater na aula,tomar ceva no bar da Fe,ver o pessoal
Ocupar a cabeça com trabalhos
Não querer ir na aula é melhor do que não ter aula pra ir...
hahaha eu realmente disse isso?sim eu disse!
ir pra aula é melhor do que ficar em casa em dias lindos e não ter nada pra fazer
(eu realmente estou dizendo isso?) a gripe suína me pegou estou delirando.que seja.
Sempre queremos mais
Quando eu morava em Santa Rosa reclamava que lá não tinha nada pra fazer, nem um bom restaurante pra comer.quando voltei para Santo Ângelo me senti “NA” metrópole.agora a metrópole parece que virou o quintal da minha casa.
Mais mais sempre mais.todo ser humano é assim.
Acho que ando precisando de uma overdose de porto alegre.cidade baixa,bons(ou maus) cinemas,casas de cultura,teatro,ruas movimentadas mas com aquele ar romântico que só POA tem...ah Porto Alegre.usina do gasômetro,gente com cabelo colorido...lá as pedras da rua não sabem meu nome, lá eu não sou ninguém,lá a terra não é vermelha mas tem um pedaço de mim.normalmente não trocaria o Sepé pelo laçador, mas por uns dias cometeria adultério com cara safada sem desculpas esfarrapadas e assumindo o delito.

“Deu pra tiBaixo astralVou pra Porto AlegreTchau!
Quando eu ando assim meio downVou pra Porto e bá! Tri legal”

Free

Eu fui até a casa dela, ela me atendeu sorrindo falando bobagem com aquela cara de quem diz: eu queria estar bêbada em algum canto da cidade rindo contigo mas estou em casa sem ânimo.help.
Help nada, engasguei meia dúzia de palavras que eu nem lembro e sai caminhando lento.simeusouidiotaedai.
Mas o fim de tarde estava gostoso,eu estava feliz por caminhar em uma cidade de ruas retas e não ladeiras desanimadoras e curvas infinitas.eu estava feliz.simples assim.
Não importa se eu engasguei se eu não falei oque eu queria se eu não senti o seu perfume.afinal eu tenho sentido seu perfume quase todos os dias.
Assim como não importa se a televisão está sem antena,eu não a ligo mesmo.então não importa.
E tem sido tão bom caminhar.tinha esquecido do quanto eu gosto de determinadas ruas.
Do quanto gosto de dormir em silêncio
Do quanto gosto de não dar satisfação
Do quanto gosto de não me sentir oprimida
Do quanto gosto de não ter hora pra voltar
Do quanto eu gosto de dançar
Do quanto eu gosto de escrever
Do quanto eu gosto dos meus amigos
Do quanto eu gosto de ser eu.
E eu me sinto tão feliz por gostar do que eu gosto
Que não importa.
E amanhã eu vou andar de roller
Vou fazer uma comida diferente
Vou colocar a musica bem alta
Vou programar um churrasco
Vou ouvir Elis
Vou terminar o livro que eu ganhei.

porque eu gosto muito.
E é isso que importa!

Marco.

O Marco é assim...um sorriso sincero, um gesto simples.
Um olhar cheio de poesia e dor.
Uma beleza translúcida, uma incógnita por trás de tanta simplicidade.
Marco é sangue que escorre.
Corte que lateja

presença viva

Frase que não precisa ser entendida
Marco existe, e existindo me faz tranqüila serena
Marco é parte do que me faz criar raíz
E sem querer, sem saber.. Marco me faz querer levantar.
com seu jeito de andar...
com sua sobrancelha que se ergue em deboche...
com seu tédio...
sua placidez....
Com a perfeição que ele não sabe que tem.
Marco é como aquelas flores que brotam em lugares inexplicáveis
Marco não tem conceito, definição.
Marco é simplismente Marco
Em sua essência
em seus pensamentos,. em sua vida que ele acha tão sem graça
em seu sono.
sem se quer saber que justamente por se sentir assim se faz tão amável,
tão único, tão especial.
Se Marco soubesse que sua dor é linda
E que ele é poeta da vida
Ele sofreria para sempre
Ele tomaria mais cafés
Ele escreveria mais
Ele se indignaria mais com a vida
Ele veria mais filmes chocantes e livros desconhecidos.
Se ele soubesse que sou poeta de mil folhas e nada tenho escrito
E simplismente a melodia do seu nome tem me feito escrever
Ele tomaria mais diazepans
Ele ficaria mais entediado
Ele seria mais ainda essa dor pungente,bela,viva,rubra e necessária que ele é.
Essa coisa toda forte e profunda que faz tudo que existe valer a pena.

tédio

Eu ligo o aquecedor,nem estou com frio.desligo.
Queria desligar meus anseios
Um cigarro após o outro quase seis horas da manhã.tédio.preferiria sentir dor.
Nem três frases no papel,não gosto.risco.
Queria riscar algumas palavras que falei.
Ou me adianto,ou me atraso,onde anda meu radar para a hora certa?quebrou.
E aquelas músicas que me faziam tão bem?ainda estão lá, só oque não está é minha vontade de ouvi-las.
Eu achei que julho seria melhor, ela disse que vinha, não veio.não porque não quis, porque não deu $.
Sinto sua falta,já senti desesperadamente,agora apenas sinto.pelo menos sinto
Sentir é bom, não gosto de não sentir.senti tudo a vida toda, quando não sinto algo está errado, é quase como aquela calma absurda antes do furacão.
Quinta foi bom,sexta também,sábado poderia ter sido melhor.tanto faz.
Eu tenho ouvido essas músicas estranhas agora e elas tem combinado comigo.
Mas estranho mesmo é eu escrevendo um blog.terapia moderna.que seja.
Mas Digitar não dá o mesmo prazer de escrever,nada substitui a delícia de uma caneta e folhas de caderno preenchidas.
Oque importa é fazer coisas diferentes,ultimamente tenho inventado mil caminhos para chegar ao mesmo lugar.é bom.assim a paisagem muda.
Queria o Dingo e o David dormindo em cima de mim.aconchego.
(não,não sou tarada eles são gatinhos)
Queria ter mais vontade
Queria pastel de camarão
Queria a sexta temporada do grey’s anatomy
A ultima temporada eu não queria, eu quero.
O resto fica pra depois.tédio.

...

Procuro a caixa com meus cadernos de poesias, não acho.
Esse quarto é tão pequeno,estou acostumada com espaço.
Onde anda minha bandeira do jim morrisom?
Que tinta cobriu aquelas palavras na parede?
Troco meu computador novo pela minha antiga janela e o pôr-do-sol
Bob marley no som e o Tiago falando da vida a meu lado.
Juventude...
Não tenho mais um chivas reagal no armário
Nem meus livros na estante.
Tenho me ensaiado para fazer um mural, não faço.
Excesso de tempo causa falta de tempo.fato.
Não gosto de vírgulas, prefiro pontos, importa?
Comecei quatro livros,estão todos pela metade,não tenho abajur(desculpa)
Achei um abajur falta a lâmpada,apareceu uma lãmpada, não pus, falta de tempo.
Estou muito ocupada com minha preguiça.
Não acho meus cd’s do Legião,escuto Nightwish alguma coisa neles ainda consegue mexer comigo,mas eu prefiro rock and roll.
O dia está lindo vou sair para caminhar,desisto. Em qual episódio do grey’s anatomy eu parei mesmo?
Escureceu hora de sair, aonde vamos ir?
Vitraux, venezianos?não.aqui não tem nenhum desses Refugiu’s
Cara ou coroa, primeiro andar ou quick,(des) animadoras opções,mas eu não desisto.
Duas da manhã estou bêbada,bêbada de tédio de sorrisos falsos de ganhar na sinuca,de cerveja, mas eu prefiro whisky.
O telefone toca,proposta indecente não me agrada, na verdade oque não me agrada é a pessoa a proposta na verdade é bem “in”.
Tenho um insigth.garçom papel e caneta por favor.
Alguém lê sobre meus ombros.comenta:que linda vc é poeta?
“sim, eu sou poeta e não aprendi a Amar...” ...estranhos com assuntos chatos.
Vou pra cama, se tramandaí fosse mais perto ia pra lá.
Eu vou e volto dos meus ínfimos problemas
E em cada solução há uma faca, um corte
Uma verdade oculta entre tantas mentiras
Há o meu parecer insone entre tantas verdades
O riso e a lágrima que não consigo conter
Há a minha vergonha retratada no espelho
Meus atos falhos jogados no chão
E a doçura fantasiosa do que eu acredito.
Eu sou o ancião, a criança
A vontade viciante e corroída de tudo que é belo
Eu sou o que não poderia existir e existe
Eu arrebato corações e vidas
Eu sou parte de toda a beleza que faz doer
O pingo
O inexato
O falar e o silêncio
A simplicidade ganaciosa que atordoa e amanhece
Eu vou e volto
E nem se quer percebo se estou partindo ou chegando...

.

Eu vou e volto dos meus ínfimos problemas
E em cada solução há uma faca, um corte
Uma verdade oculta entre tantas mentiras
Há o meu parecer insone entre tantas verdades
O riso e a lágrima que não consigo conter
Há a minha vergonha retratada no espelho
Meus atos falhos jogados no chão
E a doçura fantasiosa do que eu acredito.
Eu sou o ancião, a criança
A vontade viciante e corroída de tudo que é belo
Eu sou o que não poderia existir e existe
Eu arrebato corações e vidas
Eu sou parte de toda a beleza que faz doer
O pingo
O inexato
O falar e o silêncio
A simplicidade ganaciosa que atordoa e amanhece
Eu vou e volto
E nem se quer percebo se estou partindo ou chegando...

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Uma máquina de ânimo por favor

A música é a mesma,mas eu não sinto mais nenhum vazio
A caneta continua mágica e eu? será que ainda sou?
Ainda existem os cortes, as cicatrizes
Ainda namoro folhas em branco
Leio livros profundos sobre pessoas profundas
Histórias que mancham o chão com sangue
Mas eu não sinto mais nenhum vazio
Mudo a música tomo um gole de café
Tento escrever
Mas nada mais tem tanta dor
Se eu não sou mais o que eu era devo ser o que me tornei
Simples
Mas o que me tornei?
Parecia tão mais fácil sofrer
Não entender
Virginia woolf ainda me inspira
Caio fernando ainda me comove
E eu me sinto tão blasé
Tão blasé...
Videogame, batata frita,whisky,vodca,vinho,cerveja, conversas no msn...
E eu? Onde estou?
Eu vivo sorrindo, mas o que levo pra cama é o desatino.
Ah tão bom quando minha vida era uma veia aberta “a la“Gonewiththewind.

Tédio acaba de entrar...(tédio pediu sua atenção).