segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

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Não estranhe se eu fechar os olhos enquanto você sorri.
Eu apenas estarei entrando no jardim florido da minha a'lma
Enquanto imagino docemente tudo que tu representas para mim.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

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Foi naquele espelho quebrado que me enxerguei por completo
Naquela caneta vazia que senti o desespero de escrever tudo que sinto.
Foi nos teus olhos tristes que abracei a compaixão
E na tua voz áspera que aprendi a ficar em silêncio...

...Nada silencia a meu redor ...
...Nada...
...somente eu...

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Only you

Para Luciano.(Eterno sempre)

Uma parte de mim, nasceu separada do corpo
essa parte meu amigo:- É VOCÊ.

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Quantas palavras bonitas tu jogaste fora no meio da noite
Quantas poesias morreram quando tu proferistes tais palavras
Quantos borrões, quantas letras perdidas no vão da madrugada...
O piano que eu escutava hipnotizada, esconde-se nas cortinas da minha mágoa
Quantos sonhos perdidos nos cortes que eu amava.
Por Bel prazer, excitação.
Nunca, nunca...Agressão.
Carne ferida
Sangue que poderia ser belo,
fervido..
Fervido em Fel...
Nunca saberei o gosto, não provarei....
Mas quem porta o instrumento do corte sempre sente,
o prazer, ou a angústia, que lhe vai na alma.
E esse gosto meu Amor, agora tu sabes muito bem.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

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Eu sei que as pessoas me olham com aquele olhar de quem pensa porque eu sofro tanto ao estar contigo.
Mas a verdade é: Elas não sabem O QUANTO eu estou feliz ao estar contigo.
E mesmo após esses gritos e arranhões, e planos que não deram certo, eu consigo ver em nós apenas A Vida!

A vida Alegre
A Vida Sofrida
A Vida Amarga
A Vida plena
do passado presente e futuro que nos perseguem.
Ora, somos apenas humanos, oque nos restaria se tudo fosse perfeito...
M as ainda resta o perfume das flores que colho no caminho
A forma descompensada que te faço rir e tu retrubuis
Ainda sobra o teu corpo casnado, encostado no meu.
As difilculdades
As loucuras
As alegrias...
E se não fosse isso, oque restaria?
Isto somos nós.
pura essência, eterna agonia, verdadeira limpidez...

água ou whisky? quem se importa?
Só nós sabemos das dores de ser oque somos...

Oque mais a dizer
Dizer oque mais?

Que se calem os que se dizem "SANTOS", MAS NÃO TEM UM AMOR COMO O NOSSO.
Se não houvesse tristezas, não saberíamos a delícia da Alegria.

Para Marco Novamente.

Sentimos iguais,pensamos iguais,nos cortamos iguais,lemos iguais,nos indignamos e gostamos de ficar sós iguais,nos entendemos demais,nos afogamos demais...só há um defeito meu caro amigo...Nos vemos pouco demais...

Amo-te.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

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"Sabe o que eu quero de verdade? Jamais perder a sensibilidade, mesmo que às vezes ela arranhe um pouco a alma"

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"É possível que no fundo, sempre restem algumas coisas para serem ditas."

CAIO F.ABREU

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MEU CORAÇÃO NÃO QUER DEIXAR MEU CORPO DESCANSAR.

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Eu ainda te vejo como aquele vento suave que sopra na primavera e trás o cheiro das flores...
Mas como eu te sinto eu não sei mais...
Ou talvez seja o reverso....
...

E eu sinto falta, tanta falta...de quando não sabíamos realmente quem éramos...
De quando nos contentávamos com as manhãs de domingo, e tu dormias cedo, chorando em meu peito...

Será que é tarde para sentir tudo outra vez?

terça-feira, 16 de novembro de 2010

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"Tudo me interessa e nada me prende" Fernando Pessoa

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

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"E tô achando bom, tô repetindo que bom, Deus, que sou capaz de estar vivo sem vampirizar ninguém, que bom que sou forte, que bom que suporto, que bom que sou criativo e até me divirto e descubro a gota de mel no meio do fel. Colei aquele “Eu Amo Você” no espelho. É pra mim mesmo". Caio Fernando Abreu

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sábado, 30 de outubro de 2010

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"E lá vou eu, nas minhas tentativas, às vezes meio cegas"...Sou miupe, não vejo de longe. Logo, preciso tatear!"

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

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Não sei se oque me devora por dentro é oque não digo,
ou oque tu dizes demais...

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Se eu escreve como antigamente
E tivesse forças e crenças antigas em meu coração
Eu diria que tu és como aqueles calmos dias de verão
Em que a brisa suave sopra em meu rosto
E o calor não me sufoca
e o amanhã não me trás desatinos.

Mas nada é como antigamente
e oque me dilacera é a lembrança do sol batendo nos teus olhos claros
como uma mágica
um deslumbre.
Que eu tive só para mim em dias de pura perfeição.

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Um amiga me salva na noite
Com palavras e músicas
Estamos cansadas
Cansadas de ausência.
Ausência de bom gosto
De bons amigos
De boas conversas
Boas músicas...
Estamos cansadas
E nosso cansaço nos une.
Ora então amizade não se faz forte na ausência?
Que seja.
Mas para nós quero presença.
Presença de tudo que nos faz respirar.
Dentro
Fora
E além...

domingo, 17 de outubro de 2010

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Cada grão que se espatifa no chão, não vai sozinho,existe um universo em cada grão.
Quantas vezes eu vou ficar esperando a resposta desse amor?
Entre o vem e vai de toda essa confusão, eu te digo, não consigo sorrir para meu orgulho.
consequentemente acabo em teus braços...ébrios ou sóbrios.
No fundo, ou na superfície, eu digo sem vergonha.
- é o tesouro que me resta.

domingo, 10 de outubro de 2010

"...De onde é que vem esses olhos tão tristes?.."

terça-feira, 5 de outubro de 2010

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"...Não sei mais falar quando tenho vontade, deixo as pessoas falarem assim
na minha frente e eu só espero que tudo termine. que o dia
termine, que eu possa ir embora e que eu consiga limpar todo esse
pó que se formou sem razão, tentando resgatar desenhos,
tentando descobrir até onde pude ser vazio e até onde conseguirei
entender certas atitudes..."

(Marco.blog)

sábado, 2 de outubro de 2010

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Não consigo mais empunhar a caneta.

Ferida de guerra não se cura em casa, se cura na vida.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

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Todas as feras ressurgem quando despertam em mim ódio e sublimidade.
Tua delicadez é capaz de me rasgar
Mas teus passos querem que eu lhe siga
Você está ausente
Mas seus conflitos não
Pois você desconhece a categoria da minha seriedade
Já sabemos que o lilás é sua fuga
E o branco todo seu milagre
Podemos então caminhar na beira do rio
Pronunciando com cuidado o nome dos nossos sonhos
No entanto eu sei
Que quando eu dormir
Você levará a parte pura que me resta.
E eu serei então somente perdição.

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Corre um rio sem fim nessa estranha sedução
E o riso pos trás das paredes é secreto
Dos jardins escuros brotará mais um repouso enquanto verdades inflamam
Se fossemos só crianças nada mais restaria da multiplicação
Nem as vagas raízes...
Podemos então suspender as águas e abrir as noites
Para que os rebentos que virão, tamém abracem essa doce perdição
E então desistam de serem seres devastados
Pois nenhum amargor é definitivo já que sua mente pode llhe curar
Só não se esqueça, eu não posso lhe enquadrar na parede dos meus sonhos nem da minha memória
Você é frágil demais
E eu sou ternura de prateleira
Estarei sempre exposta
E nada em você suportará
a mágoa que eu posso lhe causar.

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Canetas são como facas afiadas
E eu sou assassina dessas folhas
tantas mortes...
tantas...
Tantos demônios exorcizados em pquenas folhas
Em tamanhos ideiais...
ideais...

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Eu sei que você não tem medo
Fazendo roleta russa com sua vida
Entre cigarros e ansiedade você consome seu esquilíbrio
São tantas saídas e você precisa escolher alguma
Escolha Amor, escollha
Tem tanta vida no teu corpo
E a morte está tão longe
Grite por ajuda
Desabafe seus problemas
Você é mais forte que toda essa carência reunida
Perceba! você não nasceu descartável
Não procure morrer
Acalme-se para beber
Você é tão profunda
E seus cortes tão bonitos
Inspire-se
Você tem muito a fazer.
E você sabe que não sou eu que preciso lhe dizer.

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Desde que parti
De rústica tornei-me feroz
completou-se o deserto em mim
Eu era isolamento
tornei-me vácuo...
Quando há duas criaturas a vida é possível
Havendo uma só
Parece que nem se pode arrastá-la

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

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Em cada gota que falta
Eun sinto a falta em dobro
Eu sorri em tantos momentos tristes
Pois a vida me trás paz
E eu prefiro trair a tristeza, que teu sorriso belo, que teu belo sorriso...
E a canção que agora toca
Me lembra do abismo emq ue me atiraste
Oque tu querers ouvir além do meu Adeus?
Eu posso te cortar
Ou recitar-te a mais bela poesia
Mas nenhuma delas te fará ver
Que eu sou dos amigos o melhor
E das saudades a mais cortante.

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Eu não discuto meu prazer
Pois ele não está mais em fogo
E tudo que quero são gatos e edredons
A essência fina do que sou não pode mais ser percebida
Nem compreendida
Eu fui o altar de todas as coisas
E altares só trazem deslumbramentos
Não sou Deus nem Deusa, sou humana
E dessa humanidade não retiro minha água.
Meu desejo é ser cruel
E cruel não consigo ser
Louvada eu fosse se tivesse outras crenças
Porém não tenho.
Ainda assim minhas crenças me matam a cada dia
Então morrendo me sinto mais viva
E enquanto viva sou sensível
Sendo sensível não consigo ser cruel
E se não sou cruel
Nada mais sou
Apenas um joguete do destino

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O frio escala as paredes do meu corpo, mesmo assim sinto-me quente
Como se mãos suaves tocassem o piano que sou
Não resta nada entre o dever e o querer
Somente nuvens, sobre oque não pode ser dito.
Eu atravesso muralhas e crio fortes
E meu poder é superar a todos
Porem a flor murcha me entristece
E seu desmaselo é meu pesar
Eu escrevo enquanto seu sono
Pois dele vem minha tranquilidade
Meu prazer e compaixão andam lado a lado
E já não dou ordens as minhas mágoas
Agora elas são donas de si
E eu as ignoro
Eu as perdôo.
Eu simplismente as quero
Pois fazem parte de mim.

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Quantas vezes me mataram
E eu se quer chorei
Agora tu pensas que sou orgulhosa e altivista
Pois te enganas
Nada mais sou que um gato manhoso
Tu passarás noites e noites adivinhando oque sou
E ainda assim não conseguirás
Eu nada mais sou doque lençóis limpos e copos de cerveja
E uma dose forte de dor que tu nunca irás salvar
Eu sou o perdão que não vai te perdoar
Pois eu preciso caminhar sozinha
e tu insistes em me acompanhar
E eu não gosto de companhia,NÃO GOSTO!

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A rapidez com que minhas mãos faziam as palavras escorrerem sobre o papel
não existe mais
Em algum lugar escuro, escondeu-se meu prazer, meu orgulho, a caneta antiga que eu amava.
Eu tenho tudo em minhas mãos, quase posso fazer chover
Mas eu não saio do lugar
E aquela euforia
Aquela vontade
Aquela dor juvenil
MORREU!
Resta agora esse adulto que nem de longe é oque planejei ser
Resta esses pedaços de mim
Essa poesia que fertiliza mas não nasce
Esses cacos todos no rastro de mim
Da minha voz embargada
Dos meus passos perdidos
Das minhas músicas que nem escuto mais
Antes eu sabia
Agora já nem sei
Agora já nem sei oque falta em mim...

quarta-feira, 28 de julho de 2010

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Nos caminhos descalços da vida
Eu sempre andei armada, de papel e caneta
Eram folhas e folhas de pura sobriedade, felicidade, dor, embriaguês.
No futuro que antigamente escrevi, por hora não me encaixo
Pois no script dos meus dias sempre fui o mocinho, não o bandido.
As horas agora não falam mais comigo
Apenas me cobram noite após noite a serenidade que perdi
Já não sei se estou descendo ou subindo os degraus
Gosto ainda de ver minha face no espelho
Ela demonstra um pouco a inocência que perdi
E faz melhor
Mostra a que ainda tenho
Continuo a acreditar, a agradecer, a sofrer
Ano após ano pelo mesmo sangue derramado
E as línguas do passado não me deixam em paz
Ressuscitam sempre oque no abismo foi jogado
Escalando tenebrosamente as paredes do presente
Eu sempre fui triste porém meu sorriso era estupendamente verdadeiro
Agora já nem sei onde deixei cair essa máscara tão bonita.
Percalços da vida...

segunda-feira, 12 de julho de 2010

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Não venha atrás de mim
atrás de mim s[o há rastros de sangue.
e se eu puder
faço de ti a próxima vítima.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

segunda-feira, 21 de junho de 2010

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A Paixão da Sua Vida

Amava a morte
Mas não era correspondido
Tomou veneno
Atirou-se de pontes
Aspirou gás
Ela sempre ela o rejeitava
Recusando-lhe o abraço

Quando finalmente desistiu da paixão
Entregando-se à vida
A morte, enciumada
Estourou-lhe o peito

Marina Colasanti

sábado, 19 de junho de 2010

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"Tem vezes que a gente chora
Por coisas que nos habitam
Que ficam dentro da alma
Olhando a vida de longe.
Tem vezes que o sal dos olhos
Deixa a tristeza correr...
Mas as lagrimas são minhas
E de quem as merecer..."
(Da boca pra fora - Gujo Teixeira/Luiz Marenco)

domingo, 6 de junho de 2010

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Eu li tanta coisa pra vc ontem, e eu li com o coração,
Escrevi com o coração.
Agora vc vem, simplismente me acusar.
Me acuse de roubar tua paz
teu coração.
teu sossego.
me acuse do que quiser.
Mas nao me acuse doque não faz sentido
Doque é absurdo.

vc não.
qualquer um
mas vc não...

VC NÃO!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

quinta-feira, 13 de maio de 2010

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A vida é muito frágil para vivermos na mentira,
seja para nós mesmos
ou para os outros,
uma hora vc não está mais aqui,
oque resta então?

A Verdade.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

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Tudo em mim dói quando teus olhos de fúria me encontram.
Aonde se escondeu a doçura da tua alma,
do teu corpo,
da tua essência....?
Aonde se escondeu tudo que eu mais amava?
Nem os olhos azuis são iguais
não há mais a beleza da tristeza.
Só da fúria.
Quase não há mais nada só fúria.
fui em que provocou em ti tantos vendavais?
Ou a cortina das tuas loucuras, dos teus arrependimentos
do teu passado da tua vida, não te deixam em paz?

volta menina doce, volta.
volte menina, volte mulher
volte como queira
Mas volte verdadeira.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

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Quando ela vem o tempo pára o vento muda
Quando ela, vem
Eu paro, eu mudo
Quando ela vem, eu olho, deslumbro
Quando ela vem
Eu esqueço da chuva
E seus cabelos passam a ser o sol
Quando ela vem
Eu vejo um sorriso onde não existe
Uma alegria que eu pinto
Uma perfeição que eu almejo
Quando ela vem
Eu não fico cega
Porque só vejo ela
E dentro daqueles olhos tão azuis eu vejo outras cores
Quando ela vem
Eu imagino abraços
Perfumes
Sofás
Livros
Violão
Quando ela vem eu esqueço de mim
Eu apenas me sinto
Quando ela vem
Não importa oque eu vejo, sinto ou quero
Quando ela vem
Ela vem
E quando ela vem
Ela quase me derruba
Pois quando ela vem
Algo perdido em mim ressuscita
E eu me sinto tão bem
As vezes ela deixa os dias cinzas e ainda assim eu vejo cores
Escuto músicas...
Quando ela vem
Ela simplismente vem
E me dilacera
Me atormenta
Me joga longe
Me ama
Quando ela vem
Ela vem
E só ela sabe vir até mim
Porque ela vem como ela é
Do jeito que ela é
Exatamente do jeito que ela é
É oque me faz amá-la
É somente oque ela é
E ela sempre vem.....que venha sempre.
Não temo tempestades.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

sexta-feira, 16 de abril de 2010

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Do meu lado ela dorme
seus sonhos não sei.

Já eu acordada, sonho com ela.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

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CO IVI OGUERECO IARA

O grito veio e permaneceu:
Não há uma vez em que não me arrepie a voz do Dante em América Latina.
" E o Grito do Sepé na voz do povo vai nos lembrar que esta TERRA AINDA TEM DONO"

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Sangria

Eu queria beijar tua boca
Como quem toma um cálice de sangue
E deixar marcado no guardanapo branco
A sangria da minha sede.

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Eu gosto de penhascos
Mas as vezes esqueço que eles existem
Isso é até bom.
Porque quando miro demais o horizonte
Sinto asas enraizadas tentando sair de dentro de mim.
Dou meia volta e vou embora.
Corro o perigo de ganhar o céu e não mais voltar.
Afinal eu amo penhascos para olhar pra cima.
Não pra baixo.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

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A roupa eu rasguei faz tempo
Vivo nua desde então
Os cabelos cortados e o prato quebrado faz menos de um mês
O piano que eu amava não vi mais
Mas a música que ainda sangra minha alma
Faz reviver todo o resto
E esse resto eu reescrevo com caneta sem tinta
Em pedaço de jornal antigo.
Ninguém precisa ler.
Os que sabem ler, sentem melhor ainda.
Sinto-me lida e continuo nua.
Talvez eu coloque a roupa pouco a pouco.
Mas somente se o frio ultrapassar as cicatrizes da minha pele.

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Tu tiras o meu sossego
Como quem joga uma palavra no ar
Corro perigo e não pulo o muro.
No final da noite você sempre abre a porta.

Até eu não mais bater.

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A presença do teu corpo acalma minha ânsia
A ausência do teu afeto cria em mim abismos
A tua presença não afaga minhas dores
E minhas dores tem te afagado demais.
Minhas dores estão perdendo a identidade
Perto de ti fingem ser alegres.
Afinal oque te afaga então?
Uma alegria triste
Ou uma triste alegria?

quarta-feira, 7 de abril de 2010

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Você dorme a meu lado e eu te busco.
Você fala na minha frente e eu te busco.
Você caminha a meu lado e eu te busco.
Eu te olho e te busco
Eu aliso teus cabelos e te busco
Eu passo a mão no teu rosto e te busco.
Eu te busco na vodka na cerveja
No rock no blues
Eu te busco em cada pedaço de papel em branco
Em cada vontade
Em cada desejo
Em cada flor que eu vejo pelo caminho
Eu te busco na felicidade
Eu te busco desesperadamente
Eu te busco
E só te acho no passado em que te encontrei.

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Tua mão em mim não existe
Porque a minha existe demais em ti

Tua mão em mim não existe
Porque eu não sinto
Não suspiro
Não transpiro

Tua mão em mim não existe
Porque não há calor nem frio
Porque tuas unhas cresceram e sequer me arrranharam

Tua mão em mim não existe
Porque eu não fecho os olhos feliz
E minha vontade é cada vez mais triste

Tua mão em mim não existe
Porque ...
Porque?

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Sexta-feira

Sexta-feira à noite
Os homens acariciam o clitóris das esposas
Com dedos molhados de saliva.
O mesmo gesto com que todos os dias
Contam dinheiro, papéis, documentos
E folheiam nas revistas
A vida dos seus ídolos.
Sexta-feira à noite
Os homens penetram suas esposas
Com tédio e pênis.
O mesmo tédio com que todos os dias
Enfiam o carro na garagem
O dedo no nariz
E metem a mão no bolso
Para coçar o saco.
Sexta-feira à noite
Os homens ressonam de borco
Enquanto as mulheres no escuro
Encaram seu destino
E sonham com o príncipe encantado.

Marina Colasanti)

sexta-feira, 12 de março de 2010

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Queria ter lhe conhecido antes
Muito antes...
Para que nenhum de nós dois tivesse
Medos ou cicatrizes...
Queria ter estado com você
Quando seu coração descobriu
O que era AMOR
Quando seu corpo descobriu
O que era DESEJO
E antes que pudesse sofrer
Eu estaria do seu lado
Amando-lhe
Entregando-me
E juntos poder ter aprendido
As lições da vida e do coração...
Queria ter lhe conhecido muito antes
Quando suas esperanças
Começaram a nascer...
Quando seus sonhos ainda eram puros
E seus ideais ainda ingênuos...
Pena termos nos encontrado só agora
Já com o coração viciado
Em outros amores
Com uma imagem meio falsa
Do que é felicidade
ou melhor com medo do que é felicidade...
Mas se vc se permitir,eu te ensino.
Eu arranco as tuas dores, eu Te Amo.
e te Mostro oque é Amar.
é só vc deixar...

(desconheço autor)

terça-feira, 2 de março de 2010

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"Ainda que dentro de mim as águas apodreçam e se encham de lama e ventos ocasionais depositem peixes mortos pelas margens e todos os avisos se façam presentes nas asas das borboletas e nas folhas dos plátanos que devem estar perdendo folhas lá bem ao sul e ainda que você me sacuda e diga que me ama e que precisa de mim: ainda assim não sentirei o cheiro podre das águas e meus pés não se sujarão na lama e meus olhos não verão as carcaças entreabertas em vermes nas margens, ainda assim eu matarei as borboletas e cuspirei nas folhas amareladas dos plátanos e afastarei você com o gesto mais duro que conseguir e direi duramente que seu amor não me toca nem me comove e que sua precisão de mim não passa de fome e que você me devoraria como eu devoraria você ah se ousássemos."
- Caio Fernando Abreu.

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Estas alegrias têm fins violentos
Falecendo no   triunfo,como fogo e pólvora
Que num beijo se consomem.  


¬Romeu e Julieta , Ato II, Cena VI





ah...fumarás,beberás em excesso, aborrecerás todos os amigos com tuas histórias desesperadas, noites e noites a fio permanecerás insone, a fantasia desenfreada e o sexo em brasa, dormirás dias adentro, faltarás ao trabalho, escreverás cartas que não serão nunca enviadas, consultarás búzios, números, cartas e astros, pensarás em fugas e suícidios em cada minuto de cada novo dia, chorarás desamparado atravessando madrugadas em tua cama vazia, não conseguirás sorrir nem caminhar alheio pelas ruas sem descobrires em algum jeito alheio o jeito exato dela, em algum cheiro o cheiro preciso dela (...) mas sabes, principalmente, com uma certa misericórdia doce por ti, por todos, que tudo passará um dia, quem sabe tão de repente quanto veio, ou lentamente, não importa. Só não saberás nunca que neste exato momento tens a beleza insuportável da coisa inteiramente viva.

Caio Fernando Abreu.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

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Todo esse vem e vai.
Essa ausência e presença de amigos, sentimentos
Culpas, recessos.

Culpa para mim é oque vc coloca na cabeça para se punir de algo que vc gostaria da aprovação dos outros para fazer...

Minha alma está tranqüila mas inquieta...antes compreendia os outros e não me compreendia, agora me compreendo e não compreendo os demais.
Ambigüidades
Fragilidades
Interjeições
Contradições.
Sim está confuso.
E é pra ser assim.
Afinal eu tenho trocado o rock and roll por musica sertaneja.
Alguma coisa está errada, muito errada.

Que seja
Minhas culpas estão todas de recessso
Talvez definitivo.

Bem melhor assim.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

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"Marquei um econtro com o destino
Mas cheguei antes da hora e não deu pra esperar
segui outro caminho, e fui dar oque falar."

(Martha Medeiros)

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"A juíza da sminhas loucuras
é severa demais pra me inocentar

não cobra depoimentos
nem sopra os ferimentos da tortura

simplismente decreta pra minha culpa
prisão domiciiliar"

(Martha Medeiros)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

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Ah... esses olhos azuis.
um mundo que quase não cabe em mim.

Te Amo, e como dizer-te sem ser tão clichê?

domingo, 7 de fevereiro de 2010

quase carnaval

Eu te vejo assim dormir
como se nada entre um mundo e outro te afetasse.
Tu vens e vais...
Eu vou e fico.

E mal fico...

Quando penso em ficar, penso em vc.
Não há vida sem o teu sorriso
Sem o teu retorno....
E meu colchão é quase um túmulo sem vc deitada nele.
Eu me desestruturo quando não ouço teus passos pela casa.
Quando não há ao longe o som da chaleira quase chiando.

Sem você eu sou vazio
Lápis desapontado ansioso por poesia.
Sem você a casa tem um som!

O som do nada...
E o nada para mim é a sua ausência.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

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Eu tenho andado amarga
E minhas palavras doces parece que foram sugadas pouco a pouco com canudinho por um monstro que nem sei se existe.
As vezes acho que estou invalidando os dias
Em outras me sinto ferida.
Detesto auto-piedade,não sinto pena de mim, apenas me sinto cada vez mais armada, coberta de armas e escudos.
Não tenho conseguido olhar direito nos olhos de quem amo.e os caminhos se tornaram estreitos.
Tento tanto, remover a mágoa e a angústia, mas já nem sei oque é real ou cansaço.
Se existisse vitamina para a alma, eu compraria, compraria e tomaria tudo, talvez uma overdose...
Oque se faz com feridas que não fecham?
Minha caixa de pandora se abriu e se fechou novamente.
Nem eu sei onde anda a chave...
Peço todos os dias que minha fé nas pessoas retorne com força, como fogo alto, queimando tudo.
Espero que ela venha....

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Não foi à toa que Adélia Prado disse que "erótica é a alma". Enganam-se aqueles que pensam que erótico é o corpo. O corpo só é erótico pelos mundos que andam nele. A erótica não caminha segundo as direções da carne. Ela vive nos interstícios das palavras. Não existe amor que resista a um corpo vazio de fantasias. Um corpo vazio de fantasias é um instrumento mudo, do qual não sai melodia alguma. Por isso, Nietzsche disse que só existe uma pergunta a ser feita quando se pretende casar: "continuarei a ter prazer em conversar com esta pessoa daqui a 30 anos?"

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

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Eu era o bandido.
Odiei virar o mocinho.

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Que venham os inimigos

pois aos amigos já ofertei o silêncio.

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Quando eu achei que podia aguentar de tudo.
O mundo caiu.
O punhal entrou duas vezes em minhas costas, por duas mãos.(duas mãos vejam bem)
Quando eu achei que podia aguentar de tudo.

...
eu vi que podia aguentar muito mais!

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Como "eu morro de Amor pra tentar reviver?"

...só eu sei...só eu sei...
Quando a dor é demais o corpo não aguenta...
não existe reação...

Mundo de pesadelos onde só resta acordar...

domingo, 17 de janeiro de 2010

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Eu devia ter lido aquele poema que escrevi no Natal, mas eu não li...
Não li porque muita coisa me machucou, mas eu deveria ter lido, deveria...
Até a morte me arrependerei de não ter lido.

Como somos pobres diantes da raiva.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

pureza

O sol clareando meu olhar
Após palavras que pensei serem inexistentes
Tantas coisas saltitam em meu coração....
Quanto tempo se espera por um verdadeiro Amor? eu esperei sete anos, quase sem saber...
E não esperarei um segundo mais.
Ela terá (já tem ) todo o meu sorriso
Minha força
Minha vida
Ela terá em cada segundo da sua vida a certeza de que a Amo.

...E eu não preciso dizer mais...

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Ele não aguentava a beleza dela por isso teve que agredi-la.

...

Não só Ele, Todos Eles...