terça-feira, 24 de novembro de 2009

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Não faça muito drama em cima das verdades que eu disser
eu ando assim nada surpresa com a vida
cansada de ter receios e desintegrando com o calor
A cada pouco tempo de solidão eu entendo e sobrevivo as minhas arestas
E percebo que quando se trata de dor a gente aguenta sempre mais.
Cansei de gente mesquinha
de gente que fala
de gente que cala
cansei de gente.
salvo menos de uma mão de excessões.
Não tenho mais paciência e acho bom não tê-la
cansei de abrir caminhos dentro de todos os sentimentos ações e coisas subtendidas ao redor e dentro de tudo que me rodeia.
Tenho gostado da coisa crua em sua essência forte.
sem fogo brando para cozinhar nada.
Não me separo nem me incluo em nada mai
sentro e saio quando tenho vontade me aceitem se quiser
Se a minha ausência for doída, acostume-se
se for excessiva, retire-se
Não tenho idade, tempo, paciência para obedecer regrasnem as que eu mesma imponho.
eu vou e volto,
essa história de cavar demais
analisar demais
chorar demais
escarafunchar demais até achar a ferida e curá-la está ficando demodé
A verdade não é uma só, são muitas. escolha a sua e viva/conviva com ela

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O resto de mim ficou no passado
Não me agrada ver pedaços do que sou perdidos no caminho.
é fato que as pessoas sempre levam um pouco de nós
ou tiram.
Me tiraram tanta coisa que só percebo agora o quão grande foi o roubo.
Anos após anos deixando migalhas no caminho.
Agora preciso refazer a massa, assar o pão
não sei oque resta de fermento em mim
espero que seja suficiente oque ficou.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

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O corpo quente a cama fria
E o desejo de felicidade gritando alto pela casa em desespero

Silêncio
Baixo volume

A incompreensão corta grosso e deixa cicatrizes
E as horas são quase cruéis
Não se vê a ferida
Mas se sente aguda e fina as palavras não esquecidas

A violência do retorno que não retorna
Da mão que vaga perdida pelo ar

Não há mais ausência
Somente presença em demasia

Nocaute, e não estamos nem no segundo round.

Que seja assim, não vim para lutar.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

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Detesto perder o controle
Está tudo ali,
aquela paz surreal,
os planos e a felicididade te invandindo depois de um dia exaustivo.
Mas vc tomou aquele banho, olhou as estrelas, ficou perto de quem Ama e tudo parece estar resolvido.
Até que a frase errada na hora errada te joga como um soco em um abismo.
Tudo parece desconexo
E a frase de que felicidade dura pouco se torna concreta.
Então o controle já foi embora
E eu quero apenas cavar um buraco e sumir.
Ninguém é obrigado a me entender e eu não sou obrigada a entender ninguém.
Só que depois de algumas palavras e um desentendimento tolo
eu já não consigo deitar na cama que eu estava prestes a dormir.
A comida estava boa e eu não comi.
Não será a primeira vez.
Mas pela primeira vez não me sinto culpada.
Último episódio de Grey’s Anatomy em mãos e um bom sono.
Amanhã é outro dia.
Não mudaram os planos somente a noite.
Felicidade adiada, paz corrompida.
Dias normais para quem vive dias normais.
Ainda penso na decoração do quarto.
Sem mais stress, nada mudou, apenas vou fechar meus olhos em outro lugar.
Que a paz me abençoe amanhã.
Estou exausta,preciso de silêncio, nem sei porque falo demais.
Um dia descubro.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

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A carne é fraca, mas você tem que ser forte, é o que recomendam todos. Tente, ao menos de vez em quando, ser sexualmente vegetariano e não ceder às tentações. Se conseguir, bravo: terá as rédeas de seu destino na mão. Mas se não der certo, console-se. Criaturas que derretem-se, entregam-se, consomem-se e não sabem negar-se costumam trazer um sorriso enigmático nos lábios. Alguma recompensa há de ter.

Martha Medeiros

domingo, 8 de novembro de 2009

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Eu queria conseguir ir embora
Assim simplismente sair andando
E que nenhum olhar,cabelo,excitação,perna ou desprezo me impedisse de partir
Mas não consigo.
Há algo nessa angústia que é diferente de todas as outras
Mas a conversa e o silêncio são iguais.
Eu me sinto cansada, mas não o suficiente pra desistir ou insistir.
Tem certos momentos que em que o “sem sentido” é tanto que eu fico em stand by
É tudo tão simples, mas as pessoas fazem questão de que não seja.
Já não adianta mais ser doce
Ter paciência
Envolver em carinho
Tentar compreender
Não abandonar.
A essência humana parece gostar mesmo é de indiferença
De joguinhos psicológicos
De pessoas que as fazem sofrer.
Flores são só flores
Poesias são só poesias
No momento em que vc age da forma que não agrada
Vc é mais um
Vc não é nada
Não há sensibilidade que conquiste quem tem prazer/costume de criar feridas
Arrumar desculpas
Não há dogmas que possam ser quebrados
Quando existe a culpa a autopiedade, a autoflagelação.
Quem está acostumado com tristeza e solidão
Tem medo de beber do cálice da felicidade
E esse medo meu bem
Não vai embora jamais.

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Eu queria
Eu queria
Mas eu não sei mais ser assim...
Que os Deuses tragam minha sensibilidade e incocência de volta
...agradeceria muito
e retiraria o pedido de um tempo atrás...não quero ser dura.

De dura já chega a vida.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

cru

O Lance mesmo é sentir-se cru.
Essa história de desvendar caminhos,se embrenhar em subjetividades
E tentar compreender/analisar tudo e qualquer coisa que se ponha em nossa frente é inútil.
A verdade não é uma só, são muitas
Depende de como vc encara a vida.
Escolha uma delas e siga em frente, do contrário a frustração será seu carro chefe.
É como pegar uma música e trocar sua melodia, vc pode dançar ou deitar e chorar, depende de vc.
Eu tenho andado assim meio carrasca da minha sensibilidade e colocando ela pra escanteio.
Nem sempre me agrada.
Mas o resultado final por vezes é satisfatório.
Parar no meio do caminho para analisar pedras e árvores já fez parte da minha rotina.
Não é mais.
Árvores são belas, pedras eu olho ou chuto.
Amanhã posso pensar diferente, mas o importante mesmo,” é agir como se pensa do contrário se acaba pensando como se age” faz diferença? Não sei.
Teríamos que analisar.
E analisar eu não quero.
Tenho me analisado muito ultimamente, porém como eu disse no inicio
cruamente.
Cozinhar demais a realidade pode trazer má digestão e o que eu quero é estar sã/saudável.
Tenho muita coisa pra viver
Muito amor pra dar
Tenho essa mulher perfeita que dorme em meu colchão enquanto escrevo.
Não quero descobrir os mistérios da vida.
Quero apenas escrever poesias enquanto olho para ela.
Fim.