sexta-feira, 10 de setembro de 2010

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Todas as feras ressurgem quando despertam em mim ódio e sublimidade.
Tua delicadez é capaz de me rasgar
Mas teus passos querem que eu lhe siga
Você está ausente
Mas seus conflitos não
Pois você desconhece a categoria da minha seriedade
Já sabemos que o lilás é sua fuga
E o branco todo seu milagre
Podemos então caminhar na beira do rio
Pronunciando com cuidado o nome dos nossos sonhos
No entanto eu sei
Que quando eu dormir
Você levará a parte pura que me resta.
E eu serei então somente perdição.

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Corre um rio sem fim nessa estranha sedução
E o riso pos trás das paredes é secreto
Dos jardins escuros brotará mais um repouso enquanto verdades inflamam
Se fossemos só crianças nada mais restaria da multiplicação
Nem as vagas raízes...
Podemos então suspender as águas e abrir as noites
Para que os rebentos que virão, tamém abracem essa doce perdição
E então desistam de serem seres devastados
Pois nenhum amargor é definitivo já que sua mente pode llhe curar
Só não se esqueça, eu não posso lhe enquadrar na parede dos meus sonhos nem da minha memória
Você é frágil demais
E eu sou ternura de prateleira
Estarei sempre exposta
E nada em você suportará
a mágoa que eu posso lhe causar.

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Canetas são como facas afiadas
E eu sou assassina dessas folhas
tantas mortes...
tantas...
Tantos demônios exorcizados em pquenas folhas
Em tamanhos ideiais...
ideais...

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Eu sei que você não tem medo
Fazendo roleta russa com sua vida
Entre cigarros e ansiedade você consome seu esquilíbrio
São tantas saídas e você precisa escolher alguma
Escolha Amor, escollha
Tem tanta vida no teu corpo
E a morte está tão longe
Grite por ajuda
Desabafe seus problemas
Você é mais forte que toda essa carência reunida
Perceba! você não nasceu descartável
Não procure morrer
Acalme-se para beber
Você é tão profunda
E seus cortes tão bonitos
Inspire-se
Você tem muito a fazer.
E você sabe que não sou eu que preciso lhe dizer.

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Desde que parti
De rústica tornei-me feroz
completou-se o deserto em mim
Eu era isolamento
tornei-me vácuo...
Quando há duas criaturas a vida é possível
Havendo uma só
Parece que nem se pode arrastá-la