quinta-feira, 26 de agosto de 2010

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Em cada gota que falta
Eun sinto a falta em dobro
Eu sorri em tantos momentos tristes
Pois a vida me trás paz
E eu prefiro trair a tristeza, que teu sorriso belo, que teu belo sorriso...
E a canção que agora toca
Me lembra do abismo emq ue me atiraste
Oque tu querers ouvir além do meu Adeus?
Eu posso te cortar
Ou recitar-te a mais bela poesia
Mas nenhuma delas te fará ver
Que eu sou dos amigos o melhor
E das saudades a mais cortante.

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Eu não discuto meu prazer
Pois ele não está mais em fogo
E tudo que quero são gatos e edredons
A essência fina do que sou não pode mais ser percebida
Nem compreendida
Eu fui o altar de todas as coisas
E altares só trazem deslumbramentos
Não sou Deus nem Deusa, sou humana
E dessa humanidade não retiro minha água.
Meu desejo é ser cruel
E cruel não consigo ser
Louvada eu fosse se tivesse outras crenças
Porém não tenho.
Ainda assim minhas crenças me matam a cada dia
Então morrendo me sinto mais viva
E enquanto viva sou sensível
Sendo sensível não consigo ser cruel
E se não sou cruel
Nada mais sou
Apenas um joguete do destino

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O frio escala as paredes do meu corpo, mesmo assim sinto-me quente
Como se mãos suaves tocassem o piano que sou
Não resta nada entre o dever e o querer
Somente nuvens, sobre oque não pode ser dito.
Eu atravesso muralhas e crio fortes
E meu poder é superar a todos
Porem a flor murcha me entristece
E seu desmaselo é meu pesar
Eu escrevo enquanto seu sono
Pois dele vem minha tranquilidade
Meu prazer e compaixão andam lado a lado
E já não dou ordens as minhas mágoas
Agora elas são donas de si
E eu as ignoro
Eu as perdôo.
Eu simplismente as quero
Pois fazem parte de mim.

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Quantas vezes me mataram
E eu se quer chorei
Agora tu pensas que sou orgulhosa e altivista
Pois te enganas
Nada mais sou que um gato manhoso
Tu passarás noites e noites adivinhando oque sou
E ainda assim não conseguirás
Eu nada mais sou doque lençóis limpos e copos de cerveja
E uma dose forte de dor que tu nunca irás salvar
Eu sou o perdão que não vai te perdoar
Pois eu preciso caminhar sozinha
e tu insistes em me acompanhar
E eu não gosto de companhia,NÃO GOSTO!

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A rapidez com que minhas mãos faziam as palavras escorrerem sobre o papel
não existe mais
Em algum lugar escuro, escondeu-se meu prazer, meu orgulho, a caneta antiga que eu amava.
Eu tenho tudo em minhas mãos, quase posso fazer chover
Mas eu não saio do lugar
E aquela euforia
Aquela vontade
Aquela dor juvenil
MORREU!
Resta agora esse adulto que nem de longe é oque planejei ser
Resta esses pedaços de mim
Essa poesia que fertiliza mas não nasce
Esses cacos todos no rastro de mim
Da minha voz embargada
Dos meus passos perdidos
Das minhas músicas que nem escuto mais
Antes eu sabia
Agora já nem sei
Agora já nem sei oque falta em mim...