quarta-feira, 23 de setembro de 2009

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Na solidão do meu quarto eu penso no teu sono
No beco vil que era o passado.
No encontro rápido dos nossos olhares a sete anos atrás
Sete. número mágico
Sempre achei
Sempre foi
Não me compadeço dos meus erros
Nem dos destilados que eu tomava combinados com aquelas músicas surreais
Como diz Chico Buarque “o Amor não tem pressa ele pode esperar”.
Podia.
Não pode mais
Eu quero sugar cada gota desses dias.
E de todos os próximos cortes
Não há mais vidros nem vidraças
E o vestido branco daquela noite agora toca minhas mãos.
E eu
Eu já despedacei com violência todos os prejuízos
Agora só o que me resta é esse fato cru.
Esse corpo nu que dorme em silêncio a meu lado
E que faz exceder em mim uma insondável leveza.

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