sexta-feira, 16 de outubro de 2009

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Todo mundo tem esse lado assim, abismo. Sua caixa de pandora particular que não deve ser aberta por ninguém, as vezes nós mesmo nem ousamos tocar em certas coisas, outras são levemente tocadas mas são nossas só nossas.
Quando somos crianças temos as nossas caixinhas com certos brinquedinhos, folhas, latarias... na adolescência temos diários, caixas de cartas....
E quando adultos temos essas memórias todas, aqueles cantos obscuros, os traumas, as mágoas as felicidades que ficaram guardadas no fundo dessa caixa imaginária.
Não deve ser visto nem tocada por ninguém, mas essa caixa tem brechas e as vezes nós mesmos, a fatalidade ou outro alguém deixa escapar o que não devia estar ali.aqui.em plano terreno da nossa vida atual.
E como eu li em algum lugar “o passado não reconhece o seu lugar está sempre presente” acontece que essa presença estraga o momento, o sorriso, o beijo, o futuro próximo, a noite perfeita que vc estava imaginando.
Estraga até as flores que em pensamento iriam ser compradas, levadas entregues e deixar a noite que não vai mais existir melhor ainda.
Pois é, a tal da caixa de pandora está ali, sempre estará, o difícil é racionalizar para os outros que nem tudo é oque parece, que estão ali porque precisam estar, por simplismente estar, é como aquele caminhãozinho ou boneca que vc tem desde pequeno em algum canto do seu quarto,não significa que vc ainda brinque de boneca, mas fez parte de vc, faz, e oque vc é hoje também é representando por essas simplicidades.
Simplicidades que as vezes nos trazem um tímido sorriso, mas em que outras nos leva aquele inferno particular em que alguém sempre faz questão de entrar com vc.ou levar vc até lá.
Quando a caixa de pandora por algum motivo se abre o melhor é não falar, não discutir, não explicar, tem feridas que devem cicatrizar sozinhas, sem pomadas nem remédios.
Tem lugares dentro da gente que são muito escuros e nem todos que entram lá carregam consigo uma velinha pra acender,acabam então tropeçando num ursinho de pelúcia e imaginam que é um monstro enorme prestes a atacar.

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